Estudo aponta Brasil como principal responsável por ampliar produção de alimentos no mundo
A produção mundial de alimentos terá de crescer 20% para atender ao aumento da demanda até 2020, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O mesmo estudo aponta o Brasil como principal responsável por ampliar a sua produção de alimentos até o final dessa década, chegando a um crescimento de 40%. Bem a frente de EUA (10-15%), China (26%), Rússia (26%) e Austrália (17%).
Para o ex-ministro da Agricultura e atual coordenador da GV Agro, Roberto Rodrigues, o País tem todas as condições para chegar a essa meta, mas não está atento a algumas demandas e tendências mundiais. “Não temos políticas públicas estratégicas para a área agrícola e agroindustrial. São algumas instituições que trabalham com o tema, mas seria necessário algo institucionalizado”, apontou Rodrigues em sua palestra ministrada agora a tarde (03/08) na Anutec, em Curitiba (PR).
O ex-ministro citou a falta de políticas públicas voltadas à renda e a todos os fatores que envolvem o chamado Custo Brasil. Além disso, criticou também a falta de uma política comercial para o País. Segundo Rodrigues, 40% das vendas de alimentos no mundo ocorrem por intermédio de acordos bilaterais. “Só que o Brasil tem zero de acordo bilateral; a política comercial precisa ser mais agressiva. Agora, com o ministro Serra [das Relações Exteriores] isso parece que vai mudar, deve melhorar”.
O cenário que favorece o crescimento da produção de alimentos no Brasil, além de sua disponibilidade de terra e água é a sua tecnologia tropical. De 1990 a 2015, a área plantada no Brasil cresceu 53%. No mesmo período, a produção aumentou 260%. No mesmo período, o País aumentou em 458% sua produção de frango; 235% de suíno e 88% a de bovinos. “A tecnologia brasileira é notável e não só em alimentos, mas energia e fibras também”, comentou Rodrigues. “E tudo isso é cultivado em menos de 10% do território total do Brasil”, complementa.O agronegócio representa 21,4% do PIB nacional (R$ 1,26 trilhão), 30% dos empregos do País e 46% das exportações (US$ 88,2 Bilhões).
Fonte: Só Notícias
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