O PIB do agronegócio mineiro tem expectativa favorável de crescimento para este ano. A projeção é de aumento de 0,78%, alcançando R$ 185,6 bilhões. Já as estimativas para o PIB nacional apontam redução de 3,88%.
O PIB do agronegócio mineiro representa a soma das riquezas do setor de quatro grupos: produção básica (dentro da porteira), que respondeu por 38,9% do montante; setor de serviços (30,8%), indústria (24,4%), e de insumos (5,9%). O levantamento foi elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, encomendado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e pelo Sistema Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).
Neste primeiro levantamento, dentro do grupo relacionado à produção básica, pecuária e agricultura apresentaram um equilíbrio na composição do PIB. A participação da pecuária correspondeu a 50,2%, totalizando R$ 93,2 bilhões e a agricultura somou R$ 92,4 bilhões (49,8%).
O segmento mineiro vem registrando aumento consistente ao longo dos anos. Acompanhando a série histórica na última década, o PIB do estado cresceu 166,3%. Neste período, também cresceram as exportações do agronegócio. A elevação foi de 70%, saindo de US$ 4,3 bilhões, em 2006, para US$ 7,3 bilhões no ano passado.
Na avaliação do secretário da Agricultura, João Cruz, o resultado é fruto do empreendedorismo do produtor rural, associado à demanda crescente por alimentos em escala mundial. “Estamos colhendo os resultados dos esforços dos produtores na busca pelo conhecimento, tecnologia e inteligência de mercado. Outro reflexo positivo é que o crescimento da oferta de alimentos é fator determinante para amenizar o impacto inflacionário”, analisa.
Diversificação
Para o presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, a diversificação da produção mineira tem garantido a manutenção do crescimento do PIB do agronegócio: “Mesmo quando alguns produtos têm problemas, outros estão em bom momento e seguram os resultados positivos e a renda do produtor rural, especialmente os produtos exportáveis”.
Ele destaca ainda que o dinamismo das cadeias produtivas tem possibilitado o crescimento dos demais segmentos do agronegócio mineiro – insumos cresceu 0,84%, indústria, 1,44% e serviços, 1,75%, no primeiro mês de 2016. “Todavia, nesse início de 2016, tanto o cenário político conturbado quanto o ambiente macroeconômico influenciaram fortemente o setor. A cotação do dólar favoreceu diversas de nossas cadeias, garantindo maior exportação e renda, mas encarece os custos de produção, como pôde ser observado ao longo de todo o ano de 2015”, completa Roberto Simões.
Dentre os produtos que contribuíram para o aumento do PIB mineiro, nos últimos dez anos, destacam-se a batata, que cresceu 110,6% no período; carne suína (+78,7%); carne de frango (+49,9%); carne bovina (+44,9%); soja (+40%); leite (+38%) e milho (+26,4%). Os dados fazem parte dos levantamentos de safra e produção da Conab e IBGE.
De acordo com as análises da secretaria de Agricultura, esse crescimento na produção agropecuária do estado pode se refletir positivamente no segmento da agroindústria, que ocupa o terceiro lugar na formação do PIB do agronegócio mineiro. Minas é a principal bacia leiteira do país, é o principal produtor nacional de café e de batata, mantém o segundo maior rebanho bovino, além de estar entre os seis primeiros lugares no ranking nacional de vários produtos, como o milho e a soja.
Fonte: Agrolink com informações de assessoria
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