quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Copom mantém a taxa básica de juros da economia em 14,25% ao ano

Reunião no Banco Central decidiu pela manutenção do patamar da Selic, que seria necessária para trazer a inflação de volta à meta até o fim de 2016.


Os juros básicos da economia brasileira foram mantidos em 14,25% na reunião de quarta-feira (2) do Copom (Comitê de Política Monetária). Um aumento neste momento, dizem analistas, pioraria ainda mais o estado da economia brasileira.

A reunião no Banco Central terminou com o resultado que o mercado esperava. O comunicado à imprensa foi sucinto. Avaliando o cenário macroeconômico o Copom decidiu por unanimidade manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, sem viés.

O comitê justificou que a manutenção desse patamar da Selic por período prolongado é necessária para trazer a inflação de volta à meta até o fim de 2016.

A decisão do Copom interrompe uma sequência de sete altas que começou logo após as eleições presidenciais, em outubro do ano passado, quando a Selic era de 11%. Em dez meses, a Selic só subiu e chegou aos 14,25% em julho, índice que o Copom repetiu agora.

O economista Sérgio Vale diz que um aumento na taxa poderia esfriar ainda mais a economia.

"A taxa de juros nesse patamar é um elemento que vai jogar a economia, é um dos elementos que vai jogar a economia mais para baixo no ano que vem. A gente está com uma queda de PIB de 2,5% neste ano e 1% no ano que vem. Uma parte disso é explicada pelos juros", explica o economista Sérgio Vale.

Depois de tantas altas, uma pesquisa feita pelo Banco Central sobre as expectativas do mercado financeiro aponta que a taxa de juros tende a permanecer como está até o fim do ano, mas ninguém descarta um novo aumento da Selic se a crise de confiança na economia continuar fazendo o dólar subir.

"A crise política tá na raiz hoje dos demais problemas. É uma situação de muita volatilidade no momento e com um risco inflacionário na medida em que o dólar, por exemplo, está bem mais caro do que tava quando ele tomou a última decisão", aponta Celso Toledo, economista da LCA Consultores.

Fonte: G1

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