sexta-feira, 23 de outubro de 2015

MDIC e Apex realizam missão ao Irã com foco em agronegócio e indústria

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) realizam na próxima semana a primeira missão comercial ao Irã em cinco anos. Na visita, as instituições pretendem prospectar negócios e apresentar seminários sobre oportunidades para o comércio bilateral entre os países.

Na pauta estão segmentos do agronegócio, como o de proteína animal e o sucroalcooleiro, além de áreas do setor industrial. A missão ocorre após o país árabe firmar um acordo histórico com os Estados Unidos e outras potências para limitar o seu programa nuclear.

Em nota, a Apex afirma que a viagem se dará entre os dias 25 e 29 de outubro e também inclui visitas técnicas. Participam da missão 19 companhias brasileiras, das quais 11 já exportam ao Irã.

No agronegócio, a visita reserva oportunidades para a carne bovina. Em 2010, o Irã chegou à segunda colocação do ranking de importadores do Brasil, adquirindo 191,2 mil toneladas e gerando US$ 807,3 milhões em receitas.

Em entrevista ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) em julho, o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, disse esperar que o acordo nuclear leve a nação a aumentar suas compras. "Chegamos a ter uma participação de 90% neste mercado, então esperamos um impulso significativo (na exportação)", afirmou. Na visita oficial também serão discutidas oportunidades nas áreas de cana-de-açúcar e derivados, alimentos e frutas.

Além do agronegócio, a Apex e o MDIC traçam como prioridades os segmentos de equipamentos médicos e hospitalares, fármacos e farmoquímicos, máquinas e equipamentos, autopeças, tecnologia da informação, plásticos, vidros, infraestrutura e indústria de base e implementos rodoviários.

Em nota, o presidente da Apex, David Barioni Neto, afirma que a visita é uma oportunidade para alavancar as vendas de outros setores. "Não há razão para pensar que a pauta de exportação brasileira para o Irã não pode ir além dos produtos primários. Temos um excelente exemplo da área de equipamentos médicos e já mapeamos oportunidades para vários outros setores", diz.

Neto se refere a um estudo realizado pela Apex no início do ano, em que a agência mapeia oportunidades em diversas áreas, como a de equipamentos agrícolas (máquinas e armazenagem), alimentos e bebidas, aviação, máquinas e equipamentos de saúde e cosméticos. O Irã também é um mercado relevante para o segmento de autopeças e já foi o 11º maior produtor de veículos, à frente de Reino Unido, Itália e Argentina.

Em abril de 2010, pouco antes do enrijecimento das sanções, a Apex realizou missão ao país. Em nota, a agência descreve a viagem como "bastante produtiva", gerando US$ 60 milhões em negócios. A visita teve a participação de 64 empresas e resultou em 350 reuniões.

Fonte: Globo Rural

Seminário Mercosul de Bebidas está com inscrições abertas em Cascavel

Evento será realizado entre os dias 19 e 20 de novembro, das 8h30 às 17h.
Inscrições são gratuitas; programação inclui mini-cursos e expositores.




A Fundação para o Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico de Cascavel (Fundetec), no oeste do Paraná, esta com as inscrições abertas para o 4º Seminário Mercosul de Bebidas. O evento ocorre entre os dias 19 e 20 de novembro, das 8h30 às 17h. As inscrições são gratuitas.

A programação do seminário inclui exposição de empresas, divulgação de trabalhos científicos com apresentação oral e exposição de painéis e três mini-cursos sobre a produção de bebidas artesanais e a avaliação química de bebidas.

A organização do evento espera a participação de cerca de 300 pessoas, entre representantes de empresas, agroindústrias, pesquisadores, estudantes, produtores rurais e outros interessados no assunto. Também são esperados participantes da Argentina e do Paraguai.

No site da Fundetec pode ser feita a inscrição no 4º Seminário Mercosul de Bebidas. A programação completa também está disponível na internet. Outras informações sobre o evento podem ser adquiridas pelo telefone: (45) 3218-1220.

Fonte: G1

Risco de inadimplência coloca em alerta revendas de insumos agrícolas

Produtores brasileiros têm enfrentando dificuldades com o crédito este ano.
Há menos subsídios do governo federal aos financiamentos.


As vendas de importantes insumos para a safra de grãos 2015/16, como sementes e fertilizantes, estão praticamente concluídas, mas revendas de todo o país colocam-se em estado de alerta com o aperto no fluxo de caixa dos produtores e riscos de inadimplência, afirmaram importantes executivos do setor.

"Num ano desses, de custos aumentando e o preço das commodities caindo, o mais difícil é você fazer essa seleção de clientes", disse à Reuters o vice-presidente da Agro Amazônia, uma das maiores distribuidoras de insumos do Centro-Oeste, Roberto Motta.

Produtores brasileiros têm enfrentando dificuldades com o crédito este ano, com menos subsídios do governo federal aos financiamentos, no contexto do ajuste fiscal capitaneado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Além disso, os preços internacionais de commodities como a soja e o milho recuaram cerca de 30% desde os picos de 2014. Com os preços de insumos como fertilizantes e defensivos também atrelados ao mercado externo, os benefícios da desvalorização do real vêm sendo limitados.

"Em ano de margens apertadas, o foco é o fluxo de caixa. Vender a prazo é fácil... mas se você não tiver atenção ao fluxo de caixa, você não sobrevive para chegar lá na frente e receber essas contas", afirmou o presidente da Terrena Agronegócios, de Minas Gerais, Marco Antônio Nasser de Carvalho.

Segundo ele, o momento atual, de implementação e manejo das lavouras de grãos, é o que mais exige capital de giro nas fazendas, com necessidade de pagamento de combustíveis, maquinário e compra de alguns insumos, como defensivos. É neste estágio que começam a surgir dificuldades de fluxo de caixa para produtores menos capitalizados ou com pouco acesso a crédito bancário, com possibilidade de repercussão também para seus fornecedores.

"A falta do recurso de custeio é grave... Nós somos altamente impactados. Se ele está apertado aqui, como ele vai liquidar (suas dívidas) lá na frente?", ponderou Carvalho.

A Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), entidade que reuniu executivos do setor esta semana em São Paulo para marcar seus 25 anos de atuação, já vem registrando casos de empresas com problemas financeiros e pedidos de falência.

"Já começou a aparecer... Todos os que vinham com gestão arriscada no passado, estão começando a aparecer agora com algumas quebras", disse o presidente da Andav, Carlos Henrique Nottar, citando problemas em Mato Grosso, mas sem dar outros detalhes.

'Barter'
No contexto de crédito apertado e maiores riscos, as revendas buscam selecionar com mais cuidado o perfil dos clientes para quem vendem a prazo.

Na Agro Amazônia, por exemplo, é aplicado um questionário com 70 perguntas para avaliar anualmente as condições dos compradores.

Na avaliação de Motta, cerca de metade das vendas de defensivos de Mato Grosso são feitas com operações de crédito das próprias revendas.

Outra estratégia que volta com força em anos de crédito bancário mais difícil e caro é o "barter", no qual o agricultor paga pelo insumo com a entrega do grão após a colheita.

"Em anos de crise, isso se acentua.... Na próxima safra (2015/16) de soja devemos ter algo em torno de 50% dos negócios em barter", revelou o sócio-gerente da Ferrari Zagatto, Ferreirinha Costa, com forte atuação na distribuição de insumos no centro-norte do Paraná.

Segundo ele, as operações de "barter" representavam 25 a 30% dos negócios das revendas da região em anos anteriores.

Na estimativa de Motta, da Agro Amazônia, essa modalidade para a safra 2015/16 pode chegar a 30% das vendas de alguns produtos pelas revendas de Mato Grosso.

Fonte: Globo Rural

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Balança comercial do agronegócio tem saldo de US$ 6,29 bilhões em setembro

O agronegócio brasileiro teve saldo comercial de US$ 6,29 bilhões em setembro deste ano, resultado das exportações de US$ 7,24 bilhões ante as importações de US$ 954,93 milhões. Os números constam da balança comercial do agronegócio do mês passado, divulgada nesta terça-feira (13) pela Secretaria de Relações Internacionais (SRI) do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Ainda segundo a SRI, a participação dos produtos no agronegócio no total das exportações brasileiras aumentou de 42,3% em setembro de 2014 para 44,8% no mesmo mês deste ano. A balança do mês passado mostra também que, pela primeira vez no ano, os cereais, farinhas e preparações ultrapassaram os embarques de café e do complexo sucroalcooleiro e ficaram entre os principais produtos do ranking brasileiro de exportações.

As exportações de US$ 7,24 bi do agronegócio em setembro deste ano correspondem a uma queda de 12,7% em relação ao mesmo mês de 2014. Essa redução, observa a SRI, reflete a diminuição das cotações internacionais dos principais produtos agropecuários exportados pelo Brasil. As importações do setor caíram 33,1%, passando de US$ 1,43 bilhões para US$ 954,93 mi, na comparação entre setembro de 2014 e o mês passado.

Em setembro último, os embarques do agronegócio brasileiro foram liderados pelo complexo soja; carnes; produtores florestais; cereais, farinhas e preparações; e complexo sucroalcooleiro. Esses cinco produtores responderam por 74% das vendas externas do setor no mês passado.


Produtos

O complexo soja teve forte incremento no volume exportado em setembro. As vendas externas de soja em grão aumentaram 38,8%, e as de óleo de soja, 137,6%. Mesmo assim, a queda nos preços do setor impediu o crescimento das exportações em valor. Com isso, os embarques do complexo soja passaram de US$ 1,99 bilhões em setembro de 2014 para US$ 1,97 bi no mês passado, com recuo de 1,2%.

Em segundo lugar no ranking da balança comercial, as carnes também tiveram retração, saindo de US$ 1,5 bi em setembro de 2014 para US$ 1,27 bilhão no mês passado. De acordo com a SRI, esse resultado ocorreu devido, principalmente, à redução do preço médio de exportação do setor.

As exportações de carne de frango caíram para US$ 582,9 mi, ou menos 18,6%, com aumento de 0,5% na quantidade embarcada e queda de 19% no preço médio. Já as vendas externas de carne bovina diminuíram para US$ 518,04 milhões (-7,7%), com redução de 7,5% no preço médio exportado e 0,3% na quantidade exportada. O comércio externo de carne suína e de peru também recuou: -22,9% e -21,12%, respectivamente.

Os produtos florestais ocuparam o terceiro lugar no ranking da balança comercial de setembro. O setor expandiu em 4,8% as exportações, que totalizaram US$ 877,93 milhões. O aumento ocorreu por causa do aumento das vendas externas de papel e celulose, que alcançaram US$ 665,36 milhões (+11,2) no mês passado. Os embarques de madeiras e suas obras foram no sentido contrário, registrando queda de 12,1%, com valor de US$ 209,80 milhões.

Novidade entre os cinco primeiros colocados do ranking da balança comercial, os cereais, farinhas e preparações tiveram aumento de 17% no valor exportado, que atingiu US$ 633,37 milhões no mês passado. Esse desempenho foi impulsionado pelos embarques de milho, que tiveram elevação de 17,2% devido à elevação de 28,7% da quantidade exportada.

O complexo sucroalcooleiro ficou com a quinta posição entre os cinco primeiros setores exportadores do agronegócio. Os embarques da cadeia produtiva diminuíram de US$ 972,07 milhões em setembro de 2014 para US$ 614,59 milhões (-36,8%) no mês passado. O açúcar foi responsável por 87,3% das exportações, o equivalente a US$ 536,55 mi. As vendas externas de açúcar caíram 39,9%, com redução de 20,2% na quantidade embarcada e de 24,7% no preço médio de exportação.


Blocos e países

Entre os blocos comerciais, a Ásia continua sendo a principal região na importação de produtos do agronegócio brasileiro, com compras de US$ 3,19 bi no mês passado. As importações da União Europeia somaram US$ 1,4 bi; Nafta, US$ 605,87 mi, Oriente Médio, US$ 562,91 mi; África, US$ 495,76 mi; e Europa Oriental, US$ 228,68 mi.

A China foi o maior importador do agronegócio brasileiro, com aquisições de US$ 1,89 bilhões em setembro último. O valor representou um aumento de 20,7% em relação registrado no mesmo mês de 2014, de US$ 1,57 bi. Com isso, a participação da China nos embarques do agronegócio do Brasil subiu de 18,9% em setembro de 2014 para 26,1% no mês passado.

Outros países que tiveram destaque nas importações do agronegócio brasileiro em setembro último foram Venezuela (US$ 225,93 milhões; +68,9%), Vietnã (US$ 201,03 milhões; +15,8%), Coreia do Sul (US$ 220,60 milhões; + 7,5%), Taiwan (US$ 128,07 milhões; +6,5%) e Itália (US$ 168,65 milhões; +3,7%).

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Produtores reagem à possibilidade de importação de maçã da China

Representantes do setor temem prejuízos à atividade com risco da entrada de novas pragas

Fonte: Mídia News

A possibilidade de o Brasil fechar um acordo fitossanitário com a China para importação de maçã do país asiático provocou a reação imediata de representantes do segmento. A preocupação principal é com a entrada de novas pragas em território brasileiro, um ano após a erradicação da Cydia pomonella, que por mais de 20 anos atacou os pomares de maçã na região Sul, onde predomina a produção da fruta. Este e outros pontos foram temas de audiência pública nesta terça-feira (6/10), na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados.

O debate mobilizou as principais entidades representativas do segmento da maçã, além de prefeitos, secretários estaduais e municipais de agricultura e representantes do governo federal, diante da importância desta cultura para a economia dos municípios dos três estados do Sul, que gera 195 mil empregos diretos e indiretos, mas que tem sofrido nos últimos anos com redução de área de plantio e com margens de lucro dos produtores cada vez mais estreitas. Assim, a possível entrada do produto chinês no Brasil seria uma ameaça à continuidade de muitos fruticultores nesta atividade.

Além do risco de novas pragas ou até mesmo o reaparecimento da Cydia pomonella, a maçã chinesa poderia entrar no Brasil mais barata do que a fruta produzida internamente, com ajuda expressiva do governo chinês. A China responde por metade da produção mundial atualmente. Neste contexto, um dos pleitos dos produtores é não incluir em acordos fitossanitários para importação, além do acesso aos processos de análise de risco de pragas do governo e a participação das entidades representativas nas discussões que envolvem esta cultura.

“É um risco que o setor corre, levando-se em conta os empregos e a renda que o setor gera. É preciso adotar uma medida urgente pela importância do setor”, disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Eduardo Brandão Costa. “É um setor que democratiza a renda para muita gente. Vai ser uma ameaça à continuidade da atividade no Brasil”, alertou o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Albuquerque, explicando que o Brasil é o 12º produtor mundial e que a maçã é a terceira fruta mais consumida internamente, atrás da laranja e da banana.

O setor também apresentou outras reivindicações consideradas prioritárias. A pauta inclui a manutenção, para este ano, do volume de recursos para a subvenção ao prêmio do seguro agrícola destinado no ano passado, de R$ 51 milhões, da publicação do plano de contingência da Cydia pomonella e medidas de controle de pragas.

Fonte: Mídia News

Banana-prata mineira será exportada para Europa

Produtores do Jaíba traçam estratégia para dar início à exportação para os europeus. Participação em feira na Alemanha será decisiva. Dólar valorizado é estimulante

Foto: Faemg/ Divulgação
Um mercado aberto, sem concorrentes e interessado em consumir a banana-prata produzida no Brasil. A Europa está de portas abertas para pôr na mesa essa fruta tão popular por aqui. Do outro lado da ponta e com interesses cada vez maiores em suprir essa demanda internacional, Minas Gerais já comprovou que é possível levar a delícia até lá e articula, agora, estratégias para que a exportação seja realidade no país e no estado. 

Há um ano, produtores mineiros desembarcaram a iguaria em Portugal e comprovaram que, com a tecnologia certa, é possível manter a qualidade do produto quando ele vai para bem longe. Desde então, estratégias estão sendo traçadas no Norte de Minas para que a fruta seja entregue em todo o continente europeu. O primeiro alvo é Alemanha, para onde, em fevereiro de 2016, produtores mineiros vão levar pencas para degustação.

A situação econômica do Brasil e a alta do dólar são dois dos principais fatores que estão impulsionando produtores da Região do Jaíba, no Norte de Minas, a somarem esforços em estratégias para a exportação da banana-prata. Isso, porque, com a retração na economia, muitos locais que revendem a iguaria aqui no território nacional estão comprando menos dos fruticultores e já há perdas de bananas. “Estamos no momento de safra e os comerciantes falam em diminuição de vendas, ou seja, começam as sobras e vira uma bola de neve. Atualmente, um produtor tem recebido R$ 0,50 pela fruta, e, com a alta do dólar, o mercado externo está mais atraente”, comenta o presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Saulo Bresinski Lage.

A Região do Jaíba é composta por sete municípios, e, por causa da combinação entre as condições climáticas, o solo fértil e a irrigação controlada, forma um cenário adequado para a produção de diversas frutas, principalmente da banana-prata. A esperança da região para ingressar no mercado internacional está na Alemanha, onde haverá, na primeira semana de fevereiro do ano que vem, a Fruit Logística – um ponto de encontro da liderança internacional do marketing de frutas e hortaliças. “É a maior feira desse tipo do mundo e ela ocorre em um shopping para a classe A de Berlim. Tudo que é apresentado ali vira tendência. A nossa proposta é apresentar a banana-prata, que não tem lá, como produto exótico”, comenta Saulo Lage. Isso porque, na Europa, os tipos nanica e caturra são conhecidos. “Aqui no mercado interno, a banana-prata tem um valor mais alto, e, lá fora, também será mais valorizada.”

O alto custo se deve ao processo de armazenamento da fruta para a exportação. Durante três anos, por meio do incentivo do governo do estado, em conjunto com o Sebrae e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), pesquisadores e especialistas na área estudaram a melhor forma de exportar a banana-prata do Jaíba. O primeiro teste foi feito para Portugal, há um ano. Segundo o superintendente do Instituto Antônio Ernesto de Salvo – braço de pesquisa da Faemg –, Pierre Vilela, nesse período de estudo, foram feitos ajustes na tecnologia de exportação. “Todas as medidas que tínhamos tomado até então tinham sido frustradas. Nunca conseguíamos um resultado efetivo”, comenta Pierre, acrescentando que, no ano passado, um contêiner com 16 toneladas da fruta foi levado a Portugal.

Foram 25 dias de trânsito da banana, da colheita até o destino final. “Conseguimos a manutenção da qualidade da fruta, que chegou em boas condições de consumo à Europa”, comemora Pierre. O orgulho é grande, porque, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o país exporta apenas 1% da banana que produz. O Brasil é o terceiro produtor mundial de banana, com cerca de 7,5 milhões de toneladas, atrás apenas da Índia e da China. Minas Gerais, com 687,3 mil toneladas dessa fatia, é o quarto maior produtor no país, depois de São Paulo (1,2 milhão de toneladas), Bahia (1,1 milhão de toneladas) e Santa Catarina (689,8 mil toneladas).

A situação econômica do Brasil e a alta do dólar são dois dos principais fatores que estão impulsionando produtores da Região do Jaíba, no Norte de Minas, a somarem esforços em estratégias para a exportação da banana-prata. Isso, porque, com a retração na economia, muitos locais que revendem a iguaria aqui no território nacional estão comprando menos dos fruticultores e já há perdas de bananas. “Estamos no momento de safra e os comerciantes falam em diminuição de vendas, ou seja, começam as sobras e vira uma bola de neve. Atualmente, um produtor tem recebido R$ 0,50 pela fruta, e, com a alta do dólar, o mercado externo está mais atraente”, comenta o presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Saulo Bresinski Lage.

A Região do Jaíba é composta por sete municípios, e, por causa da combinação entre as condições climáticas, o solo fértil e a irrigação controlada, forma um cenário adequado para a produção de diversas frutas, principalmente da banana-prata. A esperança da região para ingressar no mercado internacional está na Alemanha, onde haverá, na primeira semana de fevereiro do ano que vem, a Fruit Logística – um ponto de encontro da liderança internacional do marketing de frutas e hortaliças. “É a maior feira desse tipo do mundo e ela ocorre em um shopping para a classe A de Berlim. Tudo que é apresentado ali vira tendência. A nossa proposta é apresentar a banana-prata, que não tem lá, como produto exótico”, comenta Saulo Lage. Isso porque, na Europa, os tipos nanica e caturra são conhecidos. “Aqui no mercado interno, a banana-prata tem um valor mais alto, e, lá fora, também será mais valorizada.”

O alto custo se deve ao processo de armazenamento da fruta para a exportação. Durante três anos, por meio do incentivo do governo do estado, em conjunto com o Sebrae e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), pesquisadores e especialistas na área estudaram a melhor forma de exportar a banana-prata do Jaíba. O primeiro teste foi feito para Portugal, há um ano. Segundo o superintendente do Instituto Antônio Ernesto de Salvo – braço de pesquisa da Faemg –, Pierre Vilela, nesse período de estudo, foram feitos ajustes na tecnologia de exportação. “Todas as medidas que tínhamos tomado até então tinham sido frustradas. Nunca conseguíamos um resultado efetivo”, comenta Pierre, acrescentando que, no ano passado, um contêiner com 16 toneladas da fruta foi levado a Portugal.

Foram 25 dias de trânsito da banana, da colheita até o destino final. “Conseguimos a manutenção da qualidade da fruta, que chegou em boas condições de consumo à Europa”, comemora Pierre. O orgulho é grande, porque, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o país exporta apenas 1% da banana que produz. O Brasil é o terceiro produtor mundial de banana, com cerca de 7,5 milhões de toneladas, atrás apenas da Índia e da China. Minas Gerais, com 687,3 mil toneladas dessa fatia, é o quarto maior produtor no país, depois de São Paulo (1,2 milhão de toneladas), Bahia (1,1 milhão de toneladas) e Santa Catarina (689,8 mil toneladas).

Fonte: EM.Com

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

FMI prevê piora da economia mundial e riscos mais acentuados

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta em documento divulgado nesta terça-feira, 6, que os riscos para a piora da economia mundial parecem "mais acentuados e mais significativos" agora do que há alguns meses, de acordo com o relatório Panorama Econômico Global.

O relatório chama atenção, sobretudo, para a recente piora do cenário para os mercados emergentes e a possibilidade de meses mais duros pela frente.

"As condições externas estão ficando mais difíceis para a maioria dos emergentes", afirma o documento. A perspectiva de elevação dos juros nos Estados Unidos e o fortalecimento do dólar já contribuíram para o aumento dos custos de financiamento para estes mercados.

Além disso, a desaceleração da China, que no momento ocorre de acordo com o previsto, vem tendo repercussões internacionais que parecem mais fortes do que o inicialmente estimado, incluindo o impacto nos preços das commodities e na queda das importações do país asiático.

"Os riscos de piora da economia mundial aumentaram", afirma o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, em um vídeo divulgado junto com o relatório.

Nesse ambiente, os emergentes não devem ter uma recuperação generalizada em 2016, mas apenas uma "recessão menos profunda" ou uma normalização parcial das condições verificadas em 2015, destaca o documento do FMI, mencionando a recessão mais forte que o esperado no Brasil e na Rússia.

Depois de crescerem 4,6% em 2014, a previsão é que a expansão dos emergentes recue para 4% este ano e aumente para 4,5% em 2016.

Entre os principais riscos para a economia mundial, o FMI alerta para uma desaceleração mais forte que o esperado da China; uma queda mais acentuada dos preços das commodities; um fortalecimento adicional do dólar; turbulência forte nos mercados com reflexos nos fluxos internacionais de capital.

Por isso, a recomendação do FMI é a de que políticas que fortaleçam a atividade econômica e reforcem o crescimento potencial, aquele que não gera inflação, devem ser prioridade dos principais governos.

O relatório nota que alguns emergentes estão melhor preparados agora para lidar com um cenário de maior volatilidade, mas o Fundo recomenda que os governos fiquem atentos e usem medidas macroprudenciais para lidar com uma eventual piora do ambiente econômico.

Fonte: Exame.com

Inflação fica em 7,64% de janeiro a setembro, a maior desde 2003

Taxa é a mais alta considerando período de janeiro a setembro, diz IBGE.
Aumento no preço do botijão de gás liderou os impactos de setembro.



A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 0,22% em agosto para 0,54% em setembro, segundo informou nesta quarta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumulado está em 7,64%, o mais elevado para o período desde 2003, quando atingiu 8,05%. Em 12 meses, avanço é de 9,49%.

O que mais pesou no bolso do consumidor brasileiro foi o aumento de quase 13% no preço do botijão de gás. O impacto poderia ter sido ainda maior se as distribuidoras tivessem aplicado o percentual máximo permitido pela Petrobras, de 15%. De janeiro a setembro, a alta do produto é de 17,56%.

Influenciado pelo aumento do gás, os preços relativos a habitação registraram a taxa mais alta entre os grupos analisados pelo IBGE, de 1,30%, após chegar a 0,29% em agosto. O custo de água e esgosto também influenciou o resultado, com avanço de 1,48%.

Além do gás de cozinha ter puxado o avanço geral de preços, as tarifas de ônibus (2,59%) e as passagens aéreas (23,13%) também pesaram sobre o IPCA, levando o grupo de transportes a subir 0,71%, depois de ter recuado 0,27% em agosto. 

Os alimentos também voltaram a subir em setembro, depois de terem recuado no mês anterior, chegando a uma alta de 0,24%. O que ficou mais caro foram os alimentos consumidos fora de casa (0,77%). Os consumidos em casa ficaram quase iguais de um mês para o outro.

A variação dos preços do grupo de gastos relacionados a vestuário avançou de agosto para setembro, passando de 0,20% para 0,50%, puxada pelo aumento dos calçados. Já a alta dos preços de saúde e cuidados pessoais perdeu força, de 0,62% para 0,55%, com destaque para o item plano de saúde.

Mais caro em Brasília
Brasília registrou a maior inflação, de 1,25%, entre as cidades pesquisadas, porque a conta de luz ficou quase 12% mais cara. Na outra ponta está Campo Grande, que registrou deflação de 0,28%, sob influência da queda no preço da energia elétrica.

Expectativa dos economistas
A estimativa dos economistas dos bancos é de que o IPCA feche o ano de 2015 em 9,53% – na semana anterior, a taxa esperada era de 9,46%. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando somou 12,53%. Essa foi a terceira alta seguida no indicador. O BC informou recentemente que estima um IPCA de 9,5% para este ano.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,51% em setembro. No ano, o índice acumula alta de 8,24% e, em 12 meses, de 9,90%.

Fonte: G1 Economia

Piúma inaugura fábrica de beneficiamento de frutas

A Cooperativa de Agricultores de Piúma destaca que um dos objetivos da Frutificar é fixar o jovem no núcleo familiar e no campo, além de abrir novos mercados para o produtor final


O município de Piúma, no estado do Espírito Santo, acaba de ganhar uma fábrica de beneficiamento de frutas, que é um sonho antigo da cooperativa dos agricultores daquele balneário, que reúne 42 jovens agricultores com idades entre 18 e 29 anos. É a Frutos da Agricultura Familiar (Frutificar).

As instalações da Frutificar foram inauguradas oficialmente na manhã desta segunda-feira (5) contando com a presença do governador Paulo Hartung, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Theodorico Ferraço, o prefeito Samuel Zuqui, entre outras lideranças políticas da região. “Não podemos ficar dependentes de uma só cultura. Diversificando, temos uma renda média, que dá suporte a uma vida digna no interior do Estado”, enfatizou, em seu discurso, o governador.

Ady Brunini, presidente da Cooperativa de Agricultores de Piúma (Coopervidas) destaca que um dos objetivos da Frutificar é fixar o jovem no núcleo familiar e no campo, além de fortalecer o sentido do cooperativismo e abrir novos mercados para o produtor final.

“A Coopervidas já tem mais de dez anos lutando pelo produtor rural de Piúma. Esse projeto objetiva principalmente melhorar a vida dos produtores, pois ele agrega e aumenta o rendimento médio da produção de frutas dos participantes em até 150%”, garante Ady Brunini.

Fonte: Folha Vitória

Agricultores aprovam alternativa eficaz e livre de resíduos para maturação de uvas

Fertilizante enriquecido com o aminoácido metionina induz maturação natural de frutas sem deixar resíduos e dispensa o uso de produtos tóxicos e agressivos


Para conquistar melhores preços, produtores de frutas e hortaliças precisam correr contra o tempo, sem abrir mão da qualidade do produto final. O caminho que as frutas e verduras percorrem até chegar às prateleiras dos supermercados pode ser longo, e quem chega primeiro pode ser melhor remunerado. O engenheiro agrônomo Marcelo Guedes Paranhos, que atua na área de pesquisa e consultoria da Nutriceler, explica que para ganhar tempo, é comum que os produtores adotem técnicas de maturação.

Marcelo afirma ainda que o etileno é um hormônio que, ao final do ciclo da planta, protagoniza o processo de maturação e colabora para a coloração dos frutos. “A planta precisa ter a produção do etileno estimulada para intensificar e uniformizar sua coloração e fechar o ciclo de maturação da fruta”, resume o pesquisador. Marcelo conta que para suprir essa demanda, a aplicação de etileno na forma sintética é uma das práticas mais tradicionais e usuais de promover a coloração e maturação, assim como uniformização e antecipação da colheita. “Apesar dos resultados, o etileno sintético pode oferecer riscos à saúde humana, causa amolecimento dos frutos e diminui o tempo de prateleira. Outro detalhe muito importante para quem vai exportar é que ele deixa resíduos nas frutas, o que pode ser um limitante neste mercado”, alerta Marcelo.

Foto: Arquivo IBRAF
Uma alternativa aos danos causados pelo etileno artificial já está sendo utilizada por produtores do Vale do São Francisco, região brasileira com produção expressiva de uvas tipo exportação. “Estamos com áreas sendo tratadas com o fertilizante Matur-Up, inovação trazida ao Brasil pela Nutriceler. Os resultados são visíveis e estão agradando os produtores, que querem novidades menos agressivas e eficientes”, diz. A formulação de Matur-Up conta com compostos orgânicos e tem como base a combinação de potássio, nitrogênio, boro e ferro, associados ao aminoácido metionina. “O produto estimula a planta a produzir o etileno de forma natural, sem deixar resíduos e danificar a planta e sem agredir a saúde do trabalhador”, acrescenta.

Ainda de acordo com o pesquisador, o mercado de frutas, principalmente o de exportação, está cada vez mais restrito e exigente, barrando a entrada de produtos que apresentem resíduos químicos. “A realidade está mudando e o agricultor que quer acompanhar o mercado precisa se atualizar e trocar o tradicional pelo sustentável”, comenta Marcelo.

Para potencializar os resultados, os produtores nordestinos de uva estão realizando as aplicações do Matur-Up juntamente com o Metalosate Potássio, fertilizante de rápida absorção e metabolização. “A tecnologia Metalosate reforça o manejo com sua rápida absorção e metabolização, realizada em poucos minutos pela planta. Os nutrientes são quelatados por aminoácidos, e é esse o grande diferencial que agrega tantos resultados”, finaliza.

Matur-Up – O produto de origem italiana chegou ao Brasil através da Nutriceler e se destaca por ser um fertilizante especial elaborado com matérias-primas orgânicas, à base de ervas e extratos hidrolisados de proteínas de origem vegetal, óleos essenciais, entre outros elementos naturais, que associados às suas garantias nutricionais promovem maturação dos frutos de maneira natural sem deixar resíduos.

Fonte: Cenário MT