Produtores do Jaíba traçam estratégia para dar início à exportação para os europeus. Participação em feira na Alemanha será decisiva. Dólar valorizado é estimulante
Foto: Faemg/ Divulgação |
Um mercado aberto, sem concorrentes e interessado em consumir a banana-prata produzida no Brasil. A Europa está de portas abertas para pôr na mesa essa fruta tão popular por aqui. Do outro lado da ponta e com interesses cada vez maiores em suprir essa demanda internacional, Minas Gerais já comprovou que é possível levar a delícia até lá e articula, agora, estratégias para que a exportação seja realidade no país e no estado.
Há um ano, produtores mineiros desembarcaram a iguaria em Portugal e comprovaram que, com a tecnologia certa, é possível manter a qualidade do produto quando ele vai para bem longe. Desde então, estratégias estão sendo traçadas no Norte de Minas para que a fruta seja entregue em todo o continente europeu. O primeiro alvo é Alemanha, para onde, em fevereiro de 2016, produtores mineiros vão levar pencas para degustação.
A situação econômica do Brasil e a alta do dólar são dois dos principais fatores que estão impulsionando produtores da Região do Jaíba, no Norte de Minas, a somarem esforços em estratégias para a exportação da banana-prata. Isso, porque, com a retração na economia, muitos locais que revendem a iguaria aqui no território nacional estão comprando menos dos fruticultores e já há perdas de bananas. “Estamos no momento de safra e os comerciantes falam em diminuição de vendas, ou seja, começam as sobras e vira uma bola de neve. Atualmente, um produtor tem recebido R$ 0,50 pela fruta, e, com a alta do dólar, o mercado externo está mais atraente”, comenta o presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Saulo Bresinski Lage.
A Região do Jaíba é composta por sete municípios, e, por causa da combinação entre as condições climáticas, o solo fértil e a irrigação controlada, forma um cenário adequado para a produção de diversas frutas, principalmente da banana-prata. A esperança da região para ingressar no mercado internacional está na Alemanha, onde haverá, na primeira semana de fevereiro do ano que vem, a Fruit Logística – um ponto de encontro da liderança internacional do marketing de frutas e hortaliças. “É a maior feira desse tipo do mundo e ela ocorre em um shopping para a classe A de Berlim. Tudo que é apresentado ali vira tendência. A nossa proposta é apresentar a banana-prata, que não tem lá, como produto exótico”, comenta Saulo Lage. Isso porque, na Europa, os tipos nanica e caturra são conhecidos. “Aqui no mercado interno, a banana-prata tem um valor mais alto, e, lá fora, também será mais valorizada.”
O alto custo se deve ao processo de armazenamento da fruta para a exportação. Durante três anos, por meio do incentivo do governo do estado, em conjunto com o Sebrae e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), pesquisadores e especialistas na área estudaram a melhor forma de exportar a banana-prata do Jaíba. O primeiro teste foi feito para Portugal, há um ano. Segundo o superintendente do Instituto Antônio Ernesto de Salvo – braço de pesquisa da Faemg –, Pierre Vilela, nesse período de estudo, foram feitos ajustes na tecnologia de exportação. “Todas as medidas que tínhamos tomado até então tinham sido frustradas. Nunca conseguíamos um resultado efetivo”, comenta Pierre, acrescentando que, no ano passado, um contêiner com 16 toneladas da fruta foi levado a Portugal.
Foram 25 dias de trânsito da banana, da colheita até o destino final. “Conseguimos a manutenção da qualidade da fruta, que chegou em boas condições de consumo à Europa”, comemora Pierre. O orgulho é grande, porque, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o país exporta apenas 1% da banana que produz. O Brasil é o terceiro produtor mundial de banana, com cerca de 7,5 milhões de toneladas, atrás apenas da Índia e da China. Minas Gerais, com 687,3 mil toneladas dessa fatia, é o quarto maior produtor no país, depois de São Paulo (1,2 milhão de toneladas), Bahia (1,1 milhão de toneladas) e Santa Catarina (689,8 mil toneladas).
A situação econômica do Brasil e a alta do dólar são dois dos principais fatores que estão impulsionando produtores da Região do Jaíba, no Norte de Minas, a somarem esforços em estratégias para a exportação da banana-prata. Isso, porque, com a retração na economia, muitos locais que revendem a iguaria aqui no território nacional estão comprando menos dos fruticultores e já há perdas de bananas. “Estamos no momento de safra e os comerciantes falam em diminuição de vendas, ou seja, começam as sobras e vira uma bola de neve. Atualmente, um produtor tem recebido R$ 0,50 pela fruta, e, com a alta do dólar, o mercado externo está mais atraente”, comenta o presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Saulo Bresinski Lage.
A Região do Jaíba é composta por sete municípios, e, por causa da combinação entre as condições climáticas, o solo fértil e a irrigação controlada, forma um cenário adequado para a produção de diversas frutas, principalmente da banana-prata. A esperança da região para ingressar no mercado internacional está na Alemanha, onde haverá, na primeira semana de fevereiro do ano que vem, a Fruit Logística – um ponto de encontro da liderança internacional do marketing de frutas e hortaliças. “É a maior feira desse tipo do mundo e ela ocorre em um shopping para a classe A de Berlim. Tudo que é apresentado ali vira tendência. A nossa proposta é apresentar a banana-prata, que não tem lá, como produto exótico”, comenta Saulo Lage. Isso porque, na Europa, os tipos nanica e caturra são conhecidos. “Aqui no mercado interno, a banana-prata tem um valor mais alto, e, lá fora, também será mais valorizada.”
O alto custo se deve ao processo de armazenamento da fruta para a exportação. Durante três anos, por meio do incentivo do governo do estado, em conjunto com o Sebrae e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), pesquisadores e especialistas na área estudaram a melhor forma de exportar a banana-prata do Jaíba. O primeiro teste foi feito para Portugal, há um ano. Segundo o superintendente do Instituto Antônio Ernesto de Salvo – braço de pesquisa da Faemg –, Pierre Vilela, nesse período de estudo, foram feitos ajustes na tecnologia de exportação. “Todas as medidas que tínhamos tomado até então tinham sido frustradas. Nunca conseguíamos um resultado efetivo”, comenta Pierre, acrescentando que, no ano passado, um contêiner com 16 toneladas da fruta foi levado a Portugal.
Foram 25 dias de trânsito da banana, da colheita até o destino final. “Conseguimos a manutenção da qualidade da fruta, que chegou em boas condições de consumo à Europa”, comemora Pierre. O orgulho é grande, porque, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o país exporta apenas 1% da banana que produz. O Brasil é o terceiro produtor mundial de banana, com cerca de 7,5 milhões de toneladas, atrás apenas da Índia e da China. Minas Gerais, com 687,3 mil toneladas dessa fatia, é o quarto maior produtor no país, depois de São Paulo (1,2 milhão de toneladas), Bahia (1,1 milhão de toneladas) e Santa Catarina (689,8 mil toneladas).
Fonte: EM.Com
Nenhum comentário:
Postar um comentário