A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) realizou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, a terceira reunião de 2016, com a participação de representantes da citricultura de vários estados.
A necessidade de uma nova legislação para o cancro cítrico e a queda do consumo de suco de laranja dominaram a pauta da reunião.
A mudança da legislação de controle do cancro cítrico, que tem sido discutida ao longo desse ano, ganhou novo apoio. O setor produtivo de limão se manifestou a favor de uma nova abordagem de controle da doença e de comércio das frutas cítricas.
De acordo com o presidente do sindicato rural de Taquaritinga, Marco Antonio dos Santos, no primeiro semestre as exportações de limão somaram U$S 80 milhões, mas a expansão da doença coloca em risco o comércio com o exterior, o que afetaria sobretudo os pequenos produtores da fruta.
Por decisão unânime de seus membros, a Câmara Setorial irá enviar ao MAPA, onde a nova legislação passa por avaliação, uma recomendação para que a liberação do sistema de mitigação de risco (SRM), uma proposta que prevê que os produtores tomem medidas rígidas de prevenção e fiscalização de produção nas áreas mais atingidas pelo cancro cítrico.
O presidente da CitrusBr, Ibiapaba Netto, mostrou a situação do suco de laranja, desde os estoques até a queda de consumo da bebida no mundo. De acordo com o executivo, medidas como a isenção ou diminuição de impostos sobre o suco de laranja e o aumento da participação do suco natural nas bebidas prontas, como néctares, podem ajudar a estimular o consumo e teriam impacto positivo para a produção. Na próxima semana Netto deverá levar ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, uma proposta nesse sentido, na qual teve o apoio da Câmara Setorial.
O sistema de monitoramento de psilídeo (inseto transmissor do HLB/greening), chamado Alerta Fitossanitário – Psilídeo, também foi tema de uma apresentação feita pelo engenheiro do Fundecitrus, Ivaldo Sala. A ferramenta, desenvolvida pelo Fundecitrus, tem auxiliado os citricultores paulistas e do Triângulo Mineiro a controlar o HLB em suas propriedades e na região.
A iniciativa foi apreciada pelos representantes de outros estados que propuseram expandir o sistema para todo País com ajuda do MAPA.
A reunião teve ainda um panorama da citricultura baiana, apresentado pelo representante do estado, Geraldo Almeida Souza.
Fonte: Fundecitrus
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