terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Agricultura vai ampliar apoio a pequeno produtor e fortalecer agronegócio


Foto: Divulgação AP
Criar condições para o fortalecimento do agronegócio e ampliar o atendimento às famílias de produtores rurais mais vulneráveis estão entre as principais metas da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento para 2016. O secretário Norberto Ortigara ressalta que uma das medidas para fortalecer o setor será a conquista, pelo Paraná, da condição de área livre de febre aftosa sem vacinação, o que abrirá portas para intensificar a exportação de carnes e derivados e criar muitos empregos no Estado. O secretário diz que a vacinação de maio de 2016 poderá ser a última. 

Já o atendimento aos produtores mais vulneráveis se dará com incremento de ações de apoio técnico e recursos financeiros para estruturar a capacidade de produção da propriedade, abrangendo cerca de 5.600 famílias que vivem no meio rural inscritas no Cadastro Único, no Estado.

Combate a Pobreza - Uma grande ação é planejada nos programas de Segurança Alimentar e Nutricional, com a aplicação de R$ 22 milhões em recursos do Fundo de Combate à Pobreza, criado pelo governador Beto Richa e aprovado na lei 18573 de setembro/2015. “Vamos nos empenhar com essas ações, que atingirão realmente as pessoas mais carentes e que precisam da ajuda do Estado”, diz Ortigara. Será mantido o apoio técnico ao fortalecimento dos principais elos das cadeias produtivas eleitas em cada região, como horticultura, fruticultura, grãos, leite, bovinos de corte e outras.

O secretário destaca, ainda, a implementação de ações do programa Pró-Rural em áreas de microbacias, para o fortalecimento do desenvolvimento sustentável e conservação dos solos e água, que é um patrimônio de todos. Também está prevista a compra, pelo Estado, de nove patrulhas do campo - conjuntos de máquinas, caminhões e implementos para conservação e adequação de estradas nos 131 municípios atendidos pelo Pró-Rural na área do Centro Expandido, que passa pela região Central do Estado, parte do Norte Pioneiro até o Vale do Ribeira,

Em Dias - Em 2015, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento concentrou esforços nos pagamentos de obras e serviços que estavam pendentes com as prefeituras municipais. Foram pagos um total de R$ 29,3 milhões entre obras e ações realizadas em 2015 e pendências do ano anterior, por meio de vários programas, como o de distribuição de calcário agrícola para pequenos produtores, compra de óleo diesel usado em máquinas para melhoria de estradas rurais, programa de apoio ao desenvolvimento e organização da produção de leite na região do Arenito, patrulhas sericícolas e gestão de solo e água em microbacias.

“Apesar das dificuldades enfrentadas durante o ano foi possível cumprir o compromisso assumido anteriormente, o que permite pensar de forma estratégica para 2016, com programas em regiões mais vulneráveis do Estado”, afirma o secretário Ortigara.

Estrada Rurais - As pendências com obras de infraestrutura, uma das prioridades, foram praticamente todas quitadas. A readequação de estradas rurais consumiu a maior parte dos recursos, num total de R$ 16 milhões. Para o programa de pavimentação com pedras irregulares foram destinados R$ 13,6 milhões em vários convênios com as prefeituras.

Recursos da emenda do deputado federal Alex Canziani, no valor de R$ 1,5 milhão, também foram investidos para conservação de estradas rurais. Foi possível a aquisição de caminhões, máquinas e patrolas para apoiar os municípios no trabalho de readequação e conservação de estradas rurais.

Para o programa de óleo diesel foram pagos R$ 947,3 mil em convênios com 31 municípios. O insumo é repassado aos municípios para movimentar as máquinas, de propridade das prefeituras, para obras de readequação das estradas rurais. 

Calcário - Outro programa que consumiu boa parte dos recursos liberados pelo governador Beto Richa foi o de Apoio ao Manejo e Fertilidade dos Solos, que prevê a distribuição de calcário agrícola pequenos agricultores familiares. Em 2015, foram pagos R$ 9,14 milhões para mais de 100 municípios, beneficiando cerca de 12 mil famílias de agricultores. O calcário aumenta a fertilidade dos solos e permite aumentar a produtividade e a renda dos agricultores.

Para o programa Leite do Arenito foram pagos o equivalente a R$ 1,03 milhão, para nove municípios. O programa tem como objetivo estimular e fortalecer a cadeia produtiva do leite na região do Arenito, criando condições para o desenvolvimento de uma atividade que gera renda para a agricultura familiar. Além disso, foram apoiadas mais ações para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite em outras regiões, com o pagamento de R$ 440 mil em contratos anteriormente firmados.

Microbacias - O programa Microbacias, lançado em 2014, será fortalecido em 2016. Em 2015 já foram destinados R$ 273,67 mil para ações em sete microbacias. O programa prevê a implantação de práticas para a conservação de solos, água, com ações incentivo à sustentabilidade da produção.

Para as patrulhas sericícolas, foram pagos R$ 833 mil em oito convênios com prefeituras. A patrulha é composta por um trator, uma carreta, uma roçadeira, uma corrente de ferro (implemento), um distribuidor de calcário, um subsolador e duas máquinas de retirar casulo. Elas são utilizadas de forma comunitária pelas famílias de sericicultores do município e as prefeituras são as gestoras dos equipamentos.

Também foram pagos os R$ 250 mil em convênios para o programa de Ovinos, recurso que permitiu a compra de 500 matrizes, repassadas aos produtores da região Sudoeste. O programa busca melhorar a produção de cordeiros com qualidade. Entre as ações previstas pelo programa estão o estímulo ao associativismo, promoção do melhoramento genético dos animais e capacitação dos produtores.

Para a instalação de unidades demonstrativas do café foram destinados cerca de R$ 30 mil. O investimento na cafeicultura com qualidade está rendendo frutos no Paraná. Este ano, três mulheres da região Norte Pioneiro foram vencedoras do concurso nacional de qualidade do café, promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Mais R$ 480 mil foram destinados programas diversos. 

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