Foto: SATC |
Alternativa na agricultura familiar, a pitaya é nativa das Américas e tem sido cultivada no Vietnã há mais de 100 anos. A fruta vem ganhando popularidade no Sul de Santa Catarina. Os primeiros testes ocorreram no início da década. Atualmente, a cooperativa Coopervalesul, através do grupo Pitayasul, com 21 associados, abastecem parte do mercado regional.
Também conhecida como fruta-do-dragão, a pitaya faz parte da família botânica Cactaceae, que engloba todos os cactos. Segundo Éliton Pires, coordenador geral de extensão do Instituto Federal Catarinense (IFC), campus Santa Rosa do Sul, e também responsável pelo acompanhamento e desenvolvimento do associativismo e cooperativismo entre os produtores, a fruta é uma grande possibilidade de renda para os agricultores da região.
“Estamos começando devagar. Ano passado produzimos 12 toneladas e distribuímos pela cooperativa, tendo em vista que cada agricultor tem uma pequena parcela, ou seja, precisa se unir com outros para conquistar e realizar grandes vendas”, afirmou Éliton.
A expectativa para a safra 2015-2016 é de aproximadamente 70 toneladas, podendo chegar até 100, dependendo das condições climáticas e do manejo na cultura. O valor bruto esperado é de R$ 400 mil entre os produtores da região.
“Como tivemos um inverno muito quente, o florescimento pode acontecer antes. Esses números são para afirmar a pitaya como uma grande opção para as famílias de produtores”, disse o doutor em agronomia, na área de solos e nutrição de plantas do IFC campus Santa Rosa do Sul, Airton Bortoluzzi.
Produtores buscam alternativas
Idarlei Salute Damiani, agricultora de Jacinto Machado, conheceu a pitaya em 2012, quando comprou algumas mudas da planta exótica. Atualmente conta com 5000m² plantados e pretende aumentar a área dedicada para a fruta.
“Eu comecei a cultivar sem conhecer nada, depois, quando vi outros agricultores e o trabalho do IFC campus Santa Rosa do Sul e da cooperativa, consegui aumentar a produtividade”, disse Idarlei.
Toda a produção está concentrada na agricultura familiar, com pequenas áreas e comercialização via cooperativa.
“É um prazer produzir pitaya, pois é uma renda extra e ainda uma fruta com diversos benefícios para saúde. Tem tudo para emplacar no mercado”, acrescentou Idarlei.
Conhecendo a pitaya
A fruta é rica em oligossacarídeos, que auxiliam no bom funcionamento do intestino e melhoram a digestão e a absorção de nutrientes. Segundo estudo da Universidade de Reading, do Reino Unido, as variedades de polpa branca e roxa são fontes de prebióticos, que podem ser usados como ingredientes em alimentos funcionais.
Existem quatro espécies de pitaya cultivadas no Brasil, tendo como maior diferença entre elas a cor da casca, cor da polpa e sabor. As propriedades nutricionais também diferem.
“Uma das características mais importantes da pitaya é ela ser rústica, ou seja, é bem resistente, além de praticamente não ter doenças na região. Sendo uma fruta perene, assim como a uva, ela é plantada uma vez e posteriormente produz anualmente”, disse Éliton.
Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a demanda passou de 155 para 313 toneladas entre 2009 e 2013.
Fonte: Portal Satc
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