Caramuri, fruto que ganhou fama durante a Copa do Mundo, pode desaparecer. Maneira de extração derrubando árvores deixa espécie sob risco de extinção. Fruto é colhido a cada quadriênio
Foto: divulgação A Critica |
O Caramuri, fruta amazônica rara que só dá de quatro em quatro anos, e que por isso concorreu a um dos símbolos da Copa do Mundo de 2014, continua fazendo sucesso até quando gerada fora de tempo. A safra, esperada no ano do Mundial atrasou, mas veio com força neste início de 2015.
O empresário Beto Mafra, maior propagador do fruto ao batizar uma bola de futebol com o nome do mesmo, estendeu a marca a outros materiais esportivos.
Entretanto, sua grande preocupação é com a extinção da espécie, visto que sua colheita é feita com a derrubada da árvore, principalmente em Maués (a 267 quilômetros de Manaus), onde a produção é grande.
“É uma cultura do povo da região, até porque a árvore é muito alta (25 metros) e o fruto fica na copa. Mas, essa espécie nativa precisa ser estudada para que no futuro, a polpa, que é muito gostosa, possa ser comercializada como é a do cupuaçu, por exemplo”, defende Mafra.
Em Manaus não é comum, mas, nos períodos de safra, o caramuri é encontrado em grande escala em todas as feiras públicas de Maués.
Frutos da espécie, desconhecida até por profissionais do ramo, foram entregues em 2012 a pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, com sede em Manaus, mas até o momento nenhum estudo específico foi desenvolvido.
“O ciclo de produção é muito longo mas quem sabe, estudos científicos não levem à redução desse período de safras. É preciso que façam alguma coisa para manter essa preciosidade”, apela Mafra.
Fonte: A Critica
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