A fim de reduzir as perdas no campo ocasionadas pelas condições do clima, produtores de diferentes segmentos têm apostado na cobertura do seguro rural. O serviço é voltado principalmente para enfrentar os riscos climáticos e cobre culturas como as de grãos, soja, milho, arroz e trigo, além de frutas, como a maçã e a uva, por exemplo.
No entanto, especialistas estimam que apenas 15% das produções do país estejam seguradas. No Rio Grande do Sul, o total sobe para 50% das lavouras. Como o mercado ainda tem muito a crescer, corretoras de seguro elaboram novos planos para fidelizar o produtor.
Para tentar reduzir os prejuízos do setor arrozeiro, a Tovese Seguradora criou um programa específico para cultura do arroz. Criado há três anos, o plano denominado Arroz Protegido inclui o replantio por excesso de chuva na apólice. O seguro cobre até R$ 5 mil por hectare em caso de perdas provadas por granizo.
Em entrevista ao Portal Agrolink, o diretor da Tovese, Otávio Simch, destaca a importância do investimento para o rizicultor. "A grande preocupação do produtor é não criar uma nova dívida. Com o seguro na lavoura, o produtor vai conseguir proteger a sua produção e não vai criar uma nova divida”, sintetiza. O programa contempla prejuízos causados por granizo, ventanias e replantio por excesso de chuvas.
Conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o plantio do arroz chegou aos 100% no RS no fim de dezembro. Apesar de os trabalhos ainda não terem sido concluídos em oito dos 140 municípios produtores, o estado gaúcho conseguiu semear até agora 100,32% da área prevista, atingindo pouco mais de um milhão de hectares, pois 39 cidades foram além das expectativas, passando dos 100%. Deste total, porém apenas 300 mil hectares possuem algum tipo de seguro no setor orizícola gaúcho, adverte Otávio Simch. "O produtor precisa aumentar a sua consciência para proteger o seu patrimônio", pontua.
Nesta semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou mais R$ 100 milhões do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Com a subvenção, o ministério paga parte do seguro adquirido pelo produtor, com margem que varia de 35% a 45% do valor do prêmio (preço).
Fonte: Agrolink
Autor: Lucas Rivas
Nenhum comentário:
Postar um comentário